Subscribe RSS




Olhando para o texto de Lucas 15, sobre o amor de Deus pelos pecadores, mais precisamente na parábola do pródigo, somos, em primeira instância, levados a ver a manifestação do amor de Deus a partir do momento em que o pai, ao ver o filho retornando corre ao seu encontro e o abraça e promove a sua recomposição a família com todas as honrarias.
Quero, entretanto, destacar que devemos ver que esse amor é declarado já a partir dos momentos iniciais da parábola, quando o filho exige do pai sua parte na herança e se ausenta deste para viver sua emancipação. Vejamos as lições deste contexto nos versículos 11 a 16, como outras formas de expressão do amor de Deus pelos pecadores, através de momentos de aflições a que estes possam ser submetidos.

Deus também está nos amando quando:

1º. ) NOS PERMITE ALGO QUE NÃO NOS SERÁ BOM. ( v. 12 )
"E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda".
Isto pode nos acontecer quando insistimos com Deus no atendimento de nossas vontades e não de nossas necessidades. O moço da parábola tinha todas suas necessidades satisfeitas junto ao Pai, mas quis satisfazer suas vontades no mundo. Devemos verificar se alguns de nossos pedidos também não estão voltados às nossas vontades pessoais.

2º. ) PERMITE PASSARMOS POR SITUAÇÕES DE MISÉRIAS: ( v. v. 14 – 16 )
Vendo o exemplo do moço, também nós quantas vezes nos afastamos do Pai e gastamos dissolutamente as riquezas que ele nos dota, inteligência, saúde, caráter e também bens materiais? ( v. 13 ). "E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente".
Quantas vezes nos afastamos do Pai para lugares onde sabemos haver grandes misérias físicas e espirituais? ( v. 14 ). "E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades".
Quantas vezes nos afastamos do Pai e somos levados à situações humilhantes? ( v. 15 ). "E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos".
Quantas vezes nos afastamos do Pai para conviver com pessoas que nada nos dá e pelo contrário de tudo quer nos sugar? ( v. 16 ). "E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada".
Então chegamos a profundos e lastimáveis estados de misérias.

3º. ) NOS QUEBRANTA DE NOSSOS ORGULHOS E VAIDADES.
Somente após passar por grandes estados de misérias e humilhações o rapaz da parábola caiu em si. ( v. 17 ). "E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!". Devemos notar sempre as situações semelhantes a estas que estejamos porventura passando, e verificarmos se não estamos em posições de rebeldia e ingratidão com o Pai. Se assim concluirmos, devemos agir à semelhança do personagem bíblico: Levantar de nossos abatimentos e irmos a procura do Pai ( v. 18 ); "Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti"; reconhecer nossas indignidades diante do Pai ( v. 19 ); "Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros"; confessar a ele nossos pecado e a clamarmos pelo seu perdão ( v. 21 ). " E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho".
Concluindo, podemos constatar que em muitas vezes a forma mais perceptível do amor de Deus só se nos manifesta após passarmos por caminhos e situações que as vezes não vemos como um ato amoroso de um Pai que corrige o filho com mão pesada, mas cheia de amor. "Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem". ( Prov. 3 : 11 – 12 ).

Quem sabe alguém esteja se perguntando porque tem passado por situações tão desagradáveis e indesejáveis. Não se condene nem desfaleça. Levante-se, vá ao Pai, seja humilde não se envergonhando disto. Ao aproximar-se, Ele irá ao teu encontro, te recebendo com todo carinho e te restituindo a nobreza na qual ele te criou. ( v. 20 – 24 ). "E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se".
Todos nos tornamos pródigos para com nosso Pai e Criador através do pecado que reina sobre nós, nos fazendo ingratos para com Ele. Precisamos, portanto, assumir a atitude do rapaz da parábola o mais rápido possível. Quanto mais cedo fizermos isto, estaremos poupando ao Pai da desagradável tarefa de aplicar correções proporcionalmente necessárias ao cumprimento de seus propósitos de nos fazer voltar a Ele arrependidos.

Celson de Paula Vargas
Pastor da Igreja Batista Monte Moriá em Volta Redonda

1 comments to “Quando vemos nas aflições,o amor de Deus”

  1. Oi kim,
    lindo o texto!
    Realmente, Cristo permite que andemos como quizermos. Ele nos deu o livre arbítrio. Infelizmente "eramos como ovelhas que ñ tem pastor." (dsculp ñ foi por querer que citei este texto, ñ stou fazendo propaganda do meus post. rsrs:)) Mas é desse jeito, o Pai nosso insiste em ficarmos, Ele nos icomoda com seu Espírito santo que outrora fora deixado em nós, mas permite que façamos o que quizermos. Minha oração é pra que todas os que foram gastar suas parte da herança, voltem correndo!!!! rsrs. Abraço, Kim