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Posso dizer que ceder é quase uma arte!



A arte vem do autor aos outros, é "quase" como um favor, é uma dedicação aos que a contemplam, vem do autor mas em favor dos outros.
Posso dizer que ceder é quase como uma arte, pois nem sempre o compositor será entendido, mesmo assim ele abre mão muitas vezes de seus reais valores, a fim de proporcionar satisfação ao espectador, deixar que ele crie suas próprias realidades ou fins.
E como ceder é algo difícil!! Ceder é abrir mão de nossas convicções até então, é abdicar nossa quase transcedência para admitirmos que erramos, que falhamos. E quem gosta de parecer errado, ou fracassado?
É justamente por temermos parecer errados que nunca baixamos a guarda! Nós não queremos de forma alguma reconhecer aos outros que falhamos, nem parecemos humanos! Nos escondemos por trás de um peito estufado, de um nariz empinado, tudo a não reconhecer que falhamos.
Mas as vezes a maior vitória está em se render.
Hoje, se ligamos a TV, tudo o que podemos ver são mensagens de otimismo, como nos jornais e em outros veículos de comunicação! "Você pode", "você consegue", "você é insubistituível"... são tantas as mensagens positivistas que começamos a pensar relamente que somos super-homens e super-mulheres, a prova de tudo! Nada pode nos ferir, elevamos nosso ego a tal ponto, que mal conseguimos olhar onde estamos andando e nossa caminhada à um grande abismo.
Tinha um amigo meu que dizia: Trate de seu fundamento, pois quanto maior chegar, maior pode ser a queda se seus fundamentos não estiverem bem enreizados.
Não sou contra a felicidade de niguém, pelo contrário, defendo a felicidade, mas defendo de maior valor, a vida. Viver é testemunhar alegrias e tristezas é passar por momentos certos e errados. Ninguém é bom o suficiente que saiba de tudo!
Mais uma vez, não defendo sermos seres ignorantes, antes acredito que somos limitados e não conseguimos dominar todas as coisas é só olharmos para nós mesmos, quanta coisa aprendemos ao longo da vida! Sofremos constantes mutações não só física, como de caráter, personalidade.
Mas, como é difícil reconhecer que somos falhos, que erramos. Ao mesmo tempo, essa atitude é nobre, pois nos eleva o saber, e nos converte a estar sempre aprendendo!
Li hoje em um blog uma inteligente frase: "Sou um ser humano em construção" e o mais interessante é que ela vem de uma senhora de mais de 50 anos, e são estes bem vividos, essa mulher tem em si muita sabedoria, eu aprendi muito com ela e ainda aprendo. Ual! Que humildade. Ela sim, sabe reconhecer suas transformações e aproveita de cada situação para ser maior e aprender ainda mais.
Ninguém é tão pronto que não possa aprender mais, ninguém é tão perfeito que não possa mudar.
Ceder é algo difícil mas, sempre nobre!
Veja só este artigo do psicólogo Maier Augusto dos Santos de São Paulo.

Escravos do erro

Você já errou hoje? Não???? O que está esperando então?

Errar é humano e persistir no erro é burrice! Quem já não ouviu esse ditado popular em algum momento da vida, usado principalmente para justificar o erro do outro. Mas e o próprio erro? O que fazer quando esse ditado se aplicaria a nós e não aos outros?
O erro faz parte da bagagem de todos nós, em algum momento erraremos conosco ou com as outras pessoas, no trabalho, em casa, na escola, com quem amamos. Simplificando, viver é aprender também a conviver com o erro. Contudo, só conviver não é suficiente, pois vejo pessoas que após errarem penitenciam-se de uma forma tão bruta e masoquista que é de preocupar.
Vou contar aqui um erro que cometi anos atrás, quando era agente de viagens numa empresa conceituada do ramo do turismo de negócios. Atendíamos funcionários de uma empresa multinacional e numa ocasião a responsável pelo treinamento de pessoas na América Latina solicitou-me uma passagem aérea para San Juan, na Costa Rica, o vôo fazia escala em Miami. Essa funcionária informou-me que o seu visto Americano estava em ordem, mas gostaria que eu pesquisasse se este era suficiente para entrar na Costa Rica. Consultei meu terminal de reservas, que fornecia todas essas informações. Na pressa de realizar outras atividades li rapidamente e informei que não havia necessidade de visto para o país em questão. Resumindo: essa funcionária me ligou do balcão da companhia aérea dizendo que estava em Miami e o atendente não permitiria o seu embarque na Costa Rica, pois ela não tinha o visto. Pediu-me então que verificasse novamente, pois se o atendente estivesse errado ela tomaria as devidas providências. Para minha surpresa realmente o visto seria necessário, eu havia errado e feio, tive vontade de sumir, inventar uma história qualquer, mas no final expliquei-me à passageira dizendo que eu tinha errado na informação, pedi desculpas e tomei as devidas providências. Pensei que sua reação seria de raiva, tentaria me demitir, faria reclamações e não foi isso que aconteceu. Disse-me que como eu havia sido honesto e maduro para expor meu erro, não haveria motivo para estender a história e sugeriu que tomasse mais cuidado.
Depois de ter vivido essa experiência, aprendi a ter mais cuidado com detalhes e que também posso errar e assumir o erro de uma forma madura e transparente.
Já como psicólogo, acrescento que não basta ser honesto e aceitar que em alguns momentos erraremos, precisamos encarar o erro de uma forma positiva. Quando errar pergunte-se: o que eu posso aprender com esse erro? O que faço para evitar que isso aconteça novamente? Que atitudes preciso tomar para restaurar o prejuízo que meu erro trouxe?
Cuidado para não perder tempo penitenciando-se ao invés de agir e aprender o que for possível.


As vezes, mesmo nos julgando corretos precisamos ceder, é triste eu sei deixar com que o outro permaneça errando, tente no máximo intigá-loa ter por você empatia, é o máximo que você pode fazer, uma hora ele cai na real(vamos torcer para isso), mas você sabe a realidade e você precisa provar a mais quem que está correto, senão a si mesmo?

abraços.
Marcus Gerhard

2 comments to “Ceder!”

  1. Oi marcus! De mais esse texto em!
    Olha ceder, sempre será um idéia passifica, porém devemos tomar cuidado e aceitarmos tudo!
    Ceder sim é uma posição bacana.
    Mas a aceitação já implica em carater! Tá i: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convem. Todas as coisas me são lícitas, mas não deixarei me dominar"
    Um dia eu aprendo a escrever como você. A princípio, o texto é de sua própria autoria???? Show.
    Abraços

  1. oi Theus, ótimo comentário, e obrigado também, vc escreve muito bem também, "parô" a graça.
    Vc está corretíssimo, não podemos nos conformar com tudo,nem devemos tomar formar das coisas nogentas desse mundo; Só quis dizer que uma causa deve ser ganha principalmente por nós mesmos, se não, pra que continuar lutando, sem nem mesmo nós acreditamos?
    e foi eu que escrevi sim! apesar de ter usado um trecho de um pscólogo.
    abraços.
    Marcus Gerhard