Author: Marcus Gerhard on
segunda-feira, 23 de março de 2009
Uma vez um anjo em forma de mulher me chamou para sair, disse Assim: venha comigo. Sem questionar, fui. Percebi que subíamos a uma grande montanha, no caminho era um silêncio total, seu semblante desconfiado e apreensivo não me abria espaço para nem se quer uma pergunta.
Ah! Como eu amava aquele anjo, não podia esquecer quantas vezes havia eu estado nos ares quando pego em seus braços. Sua doce presença era de muita valia.
No caminho eu percebi que passávamos por grandes penhascos, mas ela só olhava em frente tinha em si uma preocupação mas, não me abria a saber!
Cada vez a altura era maior e meus limites menores, mas não podia deixar me desfalecer diante dela, sua beleza era a força que eu encontrava para subir e ela nem percebia.
Enfim, chegamos ao ponto mais alto daquela montanha, quando ela me encaminha a beira do abismo e com sua voz trêmula, de nervoso e frio me faz um pedido: Feche os olhos? No mesmo instante fechei, pois sentia sua mão e o medo, sem modéstias, não passava em minha mente. De repente ouço um soluço e era sua voz dizendo como você pode confiar? Eu poderia te empurrar precipício a baixo!
Meu coração simplesmente batia forte, não resistia ao toque de suas mãos, me sentia menino perto da maior conquista de sua vida, não soube responder por que confiava, não consegui...
Tinha medo de assustá-la se dissesse que uma coisa estranha eu sentia por ela, nunca havia sentido algo assim, seus beijos eram os melhores que já havia provado, seu olhar me dizia tanto, seu sorriso era a maior beleza que já havia contemplado, me sentia forte do seu lado, mas me senti covarde de não dizer que ela era a diferença das cores do meu dia.
E me larguei a única coisa que poderia me salvar eram suas mãos...
Ela quase não me agüentou, puxou-me de volta e disse nunca mais faça isso, eu só pude responder, nunca mais desconfie do que sinto por você! Ela queria se mostrar forte, mas não conseguiu, pela primeira vez pude senti-la frágil, quando me abraçou e disse que odiava se sentir assim, mas não compreendeu que apenas seu olhar me deixava aos seus pés.
Como manhã de outono o sol me acordou devagar, olhei e ela não estava do meu lado. Havia voado era um anjo e não podia ficar. Eu esperava viver mais aquele instante mas, como um sonho que você deseja retornar a ele e não consegue, ela se foi e tudo o que me restou é o vento como se abanasse suas asas perto de mim. Espero tê-la feito feliz, pois eu fui pra ela o melhor que eu poderia dar.
Um dia, ouvi sua voz pelo vento e implorei que não me deixasse, ela se preocupou com minha voz ofegante, desesperada, Tudo o que senti é que ela realmente não havia me amado como a amei e se assustou por ser anjo e talvez não conseguir amar como os homens e, continuou seu vôo, pra onde? Não sei.
Mas permaneço enquanto conseguir...
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