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Hoje eu estava em um site de relacionamento da internet vendo algumas páginas de meus familiares. Puts, fiquei tão orgulhoso. Em mim despertou uma enorme satisfação e alegria por fazer parte de um grupo de pessoas que compartilham o mesmo sangue ou não, mas que em uma tradição de laços fraternos, se solidifica a cada vez mais.
É interessante pensar em família, ainda mais hoje em que vemos pais matando filhos, filhos matando pais, netos se voltando contra avós. Poderíamos dizer que o valor da família hoje é quase inexistente, perdeu-se; aproveitou-se de demagogias, de crises que ocorrem por se tratar de relacionamentos e ao invés de lutar, simplesmente escolheram seguir seus prórprios caminhos e levaram muito mais em conta as tristezas que as alegrias. Covardia!
Você já percebeu como somos miseráveis, levamos mais em consideração os poucos momentos ruins aos vários momentos alegres e felizes que compartilhamos com nossos amados entes. Está aí a dificuldade de liberar o perdão.
Sim, não é fácil perdoar, até porque perdão é esquecimento. É, quando surgir outra adiversidade não lembrarmos do momento que o perdão já apagou.
Estou morando sozinho a quase dois anos e me mudei para uma cidade distante a fim de estudar, vejo minha família muito pouco e valorizo cada minuto das nossas conversas por telefone, cada "eu te amo" soa para mim como bálsamo, refrigério.
Lógico que tenho problemas com minha família, quem não tem? Mas não deixo esses problemas serem maiores que nossas alegrias partilhadas junto.
Os seres humanos precisam, sentem a necessidade de se relacionar amar a ser amado mesmo que por si mesmo, mas é muito melhor quando por outro.
O valor da família vem se perdendo não é de hoje, as pessoas deixam se levar por discussões familiares e rompem o que a vida e os antepassados levaram decadas ou séculos para construirem.
Como é bom saber que somos amados apesar de sermos como somos. Está aí o valor da família, a empatia, a gratidão por alguém que deu e dá a vida pelo outro.
Temos nossas tribos em que esses sentimentos também são difundidos. Mas, quando aprendermos a tê-los com os nossos os "de casa", será muito mais fácil o desenvolver na sociedade.
lembro-me de um fato que ocorreu muito triste, as vezes ja aconteceu semelhante com você ou alguém próximo:
Meus tios e minha mãe não se davam muito bem, alguns não conversaram durante anos, irmãos voltando-se contra irmãos. Minha avó Led Gerhard, a mãe deles, sonhava em vê-los unidos novamente, ao redor daquela mesa de natal, farta que compartilhavamos com tanta alegria. Porém ela faleceu sem vê-los unidos, sua morte até serviu de empasse para que eles voltassem a se relacionar, por um único motivo, eles largaram mão de todos os momentos felizes que haviam compartilhado e escolheram voltar-se um contra o outro. Minha avó não viu o que tanto queria, mas deu sua vida a fim de tê-los novamente juntos.
Não espere isso acontecer para pedir perdão, para perdoar.
Valorizar os pais, os avós, é valorizar quem escolheu você primeiro.
Valorizar os irmãos mais velhos é valorizar quem abriu mão da total atenção por alguém que viria alegrar a todos e a ele também.
Valorizar os irmãos mais novos é ser humilde para aprender a repartir.
Valorize os seus, tão somente, seus.
E mesmo que você não veja uma resposta positiva em relação a sua benevolência, valorize, escolha amar, isso o tornará maior. Não se deixe levar por sentimentos mesquinhos, compartilhar é tão bom, já diziam: "é bem melhor dar que receber". experimente isso e você verá quão nobre são teus sentimentos e atitudes e que vale muito apena se relacionar amar e ser amado; E quando você olhar pra aquele álbum de fotos amarelado pelo tempo, você verá a história de uma família que escolheu amar sem limites por se acharem tão próximos, semelhantes e pegar suas diferenças e tornarem com o respeito a novidade.
Viva a família, faça a sua família.
Vale a pena cultivá-la.


Marcus Gerhard.

COISAS DE FAMÍLIA
"Meu sobrenome
Não vendo, não
Empresto, não dou.
É tudo de importante
Que meu pai me deixou.
Sobre honra e sangue,
Meu avô me ensinou.
Tudo ficou impresso
No que presumo que Sou.
Minha mãe me lapidou
Para estar à frente doTempo.
Quando abri Minhas asas no vento,
Ela me ensinou a voar.
Só não me disse comoPousar.
Minha irmã é quase uma Filha,
é quase uma fã
e Somos iguais:
deixamos Tudo para depois de amanhã.
Minhas avós...Ah, minhas avós...
Um nó!Uma me cozinhava
Em alemão,a outra em Italiano.
Com ambas aprendi
Como era um ser humano.
Coisas de família,retratos,
Passado, futuro, presente,
Amor em atos.
Uns já se foram,
Outros estão aqui.
Todos me Fizeram e fazem sorrir.
Saudade Pai,Vô,Vós...
Saudades de vocês...
Saudade de nós..."
Karla Bardanza.


1 comments to “Álbum de família”

  1. Olha, realmente muito bom. Deus abençoe.